sexta-feira, 28 de junho de 2013

Configuração de jumpers do HD e do CD-ROM




Atualmente, além do disco rígido, conectamos vários outros periféricos nas interfaces IDE do micro, como CD-ROMs, Zip drives, drives LS-120, entre outros.

Encontramos no micro duas interfaces IDE, chamadas de IDE primária e IDE secundária. Cada interface permite a conexão de dois dispositivos, que devem ser configurados como Master (mestre) e Slave (escravo). O mestre da IDE primária é chamado de Primary Master, ou mestre primário, enquanto o Slave da IDE secundária é chamado de Secondary Slave, ou escravo secundário. Esta configuração é necessária para que o BIOS possa acessar os dispositivos, além de também determinar a letra dos drives.

Um disco rígido configurado como Master receberá a letra C:, enquanto outro configurado como Slave receberá a letra D:. Claro que estas letras podem mudar caso os discos estejam divididos em várias partições. Estudaremos a fundo o particionamento do disco rígido no próximo capítulo

A configuração em Master ou Slave é feita através de jumpers localizados no disco rígido ou CD-ROM. A posição dos jumpers para o Status desejado é mostrada no manual do disco. Caso você não tenha o manual, não se preocupe, quase sempre você encontrará uma tabela resumida impressa na parte superior do disco:


Geralmente você encontrará apenas 3 opções na tabela: Master, Slave e Cable Select. A opção de Cable Select é uma espécie de plug-and-play para discos rígidos: escolhendo esta opção, o disco que for ligado na extremidade do cabo IDE será automaticamente reconhecido como Master, enquanto o que for ligado no conector do meio será reconhecido como Slave.

O problema é que para a opção de Cable Select funcionar, é preciso um cabo flat especial, motivo pelo qual esta opção é pouco usada. Configurando seus discos como Master e Slave, não importa a posição do cabo IDE. Você poderá conectar o Master no conector do meio, por exemplo, sem problema algum, já que o que vale é a configuração dos jumpers.

Numa controladora, obrigatoriamente um dos discos deverá ser configurado como Master, e o outro como Slave, caso contrário haverá um conflito, e ambos não funcionarão.

Em alguns discos, além das opções de Master, Slave e Cable Select, você encontrará também as opções "One Drive Only" e "Drive is Master, Slave is Present". Neste caso, a opção one drive only indica que o disco será instalado como Master da controladora, e que não será usado nenhum Slave. A opção Drive is Master, Slave is Present, indica que o disco será instalado como Master da controladora mas que será instalado também um segundo disco como Slave.

Uma última dica sobre este assunto é que em praticamente todos os discos, ao retirar todos os jumpers, o HD passará a operar como Slave. Caso você não consiga descobrir o esquema dos jumpers de um disco, poderá apelar para este macete para instalá-lo como Slave de outro. Mais uma dica é que em quase todos os casos você poderá conseguir o esquema de configuração de jumpers no site do fabricante do HD, mesmo no caso de HDs muito antigos. Estes dias localizei o esquema de configuração de um Western Digital fabricado em 1995, sem maiores dificuldades.

A posição dos jumpers no HD varia de modelo para modelo, mas normalmente eles são encontrados entre os encaixes do cabo flat e do cabo de força, ou então na parte inferior do HD.


No caso dos CD-ROMs IDE, a configuração dos jumpers é ainda mais fácil, sendo feita através de um único jumper de três posições localizado na sua parte traseira, que permite configurar o drive como Master, Slave ou Cable Select. Geralmente você encontrará também uma pequena tabela, indicando a posição do jumper para cada opção. "MA" significa Master, "SL" Slave e "CS" Cable Select. É quase um padrão que o jumper no centro configure o CD como Slave, à direita como Master e à esquerda como Cable Select, sendo raras as exceções.

Ao instalar dois dispositivos numa mesma interface IDE, ambos compartilharão a interface, causando perda de desempenho. Por isso, é sempre recomendável instalar um na interface primária e outro na interface secundária. Ao instalar um HD e um CD-ROM por exemplo, a melhor configuração é o HD como Master da IDE primária e o CD-ROM como Master ou mesmo Slave da IDE secundária.

sábado, 22 de junho de 2013

A anatomia de uma placa-mãe



I


Os computadores funcionam como em um passe de mágica. Com o apertar de um botão, uma série de mecanismos são ativados. Em conjunto, todos os componentes da máquina realizam as tarefas que você comandar, sendo que os principais são processador, placa-mãe, fonte, disco rígido e memória.

Entre esses, a placa-mãe desenvolve papel fundamental, pois é nela que os demais componentes serão instalados. A enormidade de peças e circuitos eletrônicos embutidos nesta placa é que garantem a intercomunicação entre os dispositivos de hardware. Este é o principal motivo para ela ser considerado como a placa principal (mainboard).



É bem provável que você tenha uma ideia quanto à funcionalidade dos itens principais, mas você saberia dizer quais são as atribuições do chipset? Preparamos a ilustração acima para ajudar você a compreender quais são os principais componentes da placa-mãe. Abaixo, explicamos as responsabilidades de cada um dos elementos.

Detalhe: nossa ilustração foi baseada em uma MSI Z77A-GD65, portanto alguns componentes podem ser diferentes da placa que você usa no seu computador.

Soquete do processador
Geralmente, este item fica posicionado na parte superior da placa-mãe. É um espaço retangular com contatos elétricos, no qual o processador será encaixado. Sua função principal é realizar a transmissão de dados entre a unidade central de processamento e os demais componentes da placa. Além disso, o soquete transmite energia para o chip.

Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

Esse componente tem diversas trilhas que conectam a CPU aos módulos de memória, ao chipset e aos demais dispositivos. Essas conexões variam de acordo com o modelo do processador, do chipset e da placa-mãe. A quantidade de orifícios no soquete varia conforme a marca e a geração do processador.

Slot de memória
Nestes espaços, você pode instalar os módulos de memória. As atuais placas podem trazer dois, quatro, seis ou até oito slots para instalação dos dispositivos. O tamanho do slot e a quantidade de pinos definem qual tipo (DDR2 ou DDR3) de peça pode ser instalado.

Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

A capacidade máxima suportada depende somente da placa-mãe e do processador. A velocidade é limitada ao tipo de memória. Esses slots são ligados a trilhas que conectam os módulos à unidade central de processamento ou, em alguns casos, ao chipset.

Slot PCI-Express (x1)
Este é o tipo de encaixe para placas de extensão comuns. É possível instalar placas de rede, de som, modem e outras controladoras. Esses slots vieram para substituir os antigos encaixes PCI. A quantidade de espaços varia conforme a placa-mãe.

Slot PCI-Express (x16)
Apesar de contar com a mesma tecnologia dos slots PCI-Express x1, os espaços do tipo x16 são maiores e mais velozes. Eles são voltados à conexão de placas de vídeo, sendo que nesses slots também é possível instalar placas compatíveis com os padrões x4 e x8.

Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

As placas-mãe mais modernas trazem dois, três ou até quatro slots desse padrão. Essa multiplicidade serve para a instalação e atuação de diversas GPUs (com tecnologia CrossFire e SLI). No caso da placa MSI Z77A-G65, esses slots realizam comunicação direta com o processador.

Conectores de energia
Há diversos tipos de espaços para transmitir energia aos tantos componentes que se conectam à placa-mãe. Os dois principais são os conectores de energia ATX, os quais servem para alimentar a placa-mãe. Um desses espaços tem 24 pinos e o outro pode ter 4 ou 8 pinos.

Geralmente, as placas-mãe trazem múltiplos espaços para você ligar soluções de refrigeração adicionais. Cada cooler necessita de energia própria, daí o motivo para tantos locais de distribuição de energia. As placas-mãe não oferecem energia suficiente para alimentar placas de vídeo, assim as GPUs devem receber tensão e corrente diretamente da fonte.

Conectores de expansão
Em geral, esses conectores ficam disponíveis na parte inferior da placa-mãe. Eles servem para expandir a quantidade e a posição das portas de áudio e USB. Apesar de ampliar as conexões, esses conectores costumam ser usados para colocar atalhos na parte frontal do gabinete.

 (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

Os conectores SATA servem para realizar a conexão entre discos rígidos, leitores ópticos ou drives SSD e os demais componentes da placa-mãe. Nos encaixes para portas USB, você pode conectar cabos que vão estender a comunicação USB até portas adicionais na parte frontal do gabinete.

Conectores do painel frontal e TPM
Os conectores do painel frontal servem para você conectar os cabos que interligaram os botões e LEDs do gabinete à placa-mãe. A configuração dos cabos varia conforme a placa. Sem a configuração apropriada, você não poderá ligar o computador usando o botão Power.

O encaixe para o TPM (Trusted Platform Module, em português Módulo de Plataforma Confiável) é raro na maioria das placas. Nele, você deve encaixar um pequeno módulo (o TPM) para garantir a segurança do computador. O TPM traz chaves de criptografia que protegem a máquina de pragas virtuais. Apesar de estar disponível em placas recentes, não é necessário instalar o módulo para o funcionamento do computador.

Painel traseiro
 (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

Quase todos os periféricos de um computador são conectados ao painel traseiro da placa-mãe. As principais conexões são:

Portas de comunicação: PS2, USB 2.0 e USB 3.0
Vídeo: D-Sub (VGA), DVI-D e HDMI
Áudio: óptica, S/PDIF-Out e pinos P2 (Line-in, Line-out e outras)
Rede: LAN
CMOS e bateria
A RAM-CMOS é a memória BIOS propriamente dita. Enquanto a BIOS faz referência ao software, a CMOS — Complementary Metal-Oxide-Semiconductor, em português Semicondutor Metal-Óxido Complementar — é a parte física na qual as instruções fundamentais (para funcionamento básico dos itens de hardware) do computador são armazenadas. A CMOS precisa de energia a todo tempo, por isso uma bateria é usada para alimentá-la quando o PC está desligado.

Funções do chipset
Como o próprio nome sugere, este componente é, na verdade, um conjunto de chips. Abaixo do revestimento metálico, existe uma série de pequenas peças (transistores e resistores) e de controladores integrados. As funções do chipset variam conforme o modelo da placa-mãe.

Antigamente, a função do chipset era dividida em duas partes (north bridge e south bridge). Com a atualização dos processadores, os chipsets perderam algumas funcionalidades, visto que as atuais CPU integram parte dos recursos. Em algumas placas mais modernas, como a MSI Z77A-G65, não há divisão entre north e south.

Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/MSI)

Apesar de ter um número reduzido de tarefas, um chipset tem grandes responsabilidades. O Intel Z77, usado em nosso exemplo, é responsável pelas seguintes atividades:

Controlador do dispositivo de áudio;
Comunicação com slots PCI-Express 2.0;
Envio e recebimento de dados para portas SATA e eSATA;
Tecnologias relacionadas à BIOS;
Controlador do chip de rede LAN Gigabit;
Conexão com portas USB 2.0 e 3.0;
Suporte para até três monitores.
Repare que o Z77 já não tem qualquer envolvimento com a comunicação de dados entre o processador e a memória RAM. Além disso, esse chipset não traz um processador gráfico embutido, tampouco tem capacidade para comunicação com slots PCI-Express 3.0. Como já dito, essas funções variam conforme a placa e o processador do seu PC.

Um componente muito complexo
A placa-mãe tem inúmeros outros componentes importantes para funcionar apropriadamente, todavia, hoje, abordamos apenas as peças mais importantes para você ter uma boa noção na hora de instalar um novo dispositivo em seu computador. Esperamos que as informações tenham sido esclarecedoras. Até uma próxima!



Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/placa-mae/27450-a-anatomia-de-uma-placa-mae-ilustracao-.htm#ixzz2WbWGe8li

quinta-feira, 13 de junho de 2013



PPB
O Processo Produtivo Básico (PPB) foi definido por meio da Lei n.º 8.387, de 30 de dezembro de 1991, como sendo "o conjunto mínimo de operações, no estabelecimento fabril, que caracteriza a efetiva industrialização de determinado produto".

Apesar de o PPB ter surgido no governo Collor, os primeiros Processos foram publicados no governo de Itamar Franco, no início dos anos 90, quando começou a abertura da economia brasileira, incluindo o fim da reserva de mercado do setor de informática, em outubro de 1992, período que ficou conhecido pelo forte protecionismo da indústria nacional. Desde então, o PPB tem sido utilizado como contrapartida pelo Governo Federal à concessão de incentivos fiscais promovidos pela legislação da Zona Franca de Manaus e pela legislação de incentivo à indústria de bens de informática, telecomunicações e automação, mais conhecida como Lei de Informática.

Em resumo, o PPB consiste de etapas fabris mínimas necessárias que as empresas deverão cumprir para fabricar determinado produto como uma das contrapartidas aos benefícios fiscais estabelecidos por lei. Os PPB são estabelecidos por meio de Portarias Interministeriais, assinadas pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Em 1993 a Lei de Informática, n.º 8.248/91, regulamentada por meio do Decreto n.º 792, de 2 de abril de 1993, incluiu a obrigatoriedade de aplicação de 5% do faturamento bruto obtido da venda dos bens incentivados, após dedução de impostos, em atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Com a publicação da Lei n.º 10.176, de 11 de janeiro de 2001, o PPB e a aplicação de recursos financeiros em P&D passaram a ser estabelecidos como contrapartidas aos benefícios fiscais da Lei de Informática.

Vale ressaltar que o investimento em P&D é também uma das contrapartidas para a obtenção do benefício fiscal da Zona Franca de Manaus  www.suframa.gov.br , em relação aos bens de informática.

As contrapartidas exigidas por essas legislações, no que se refere aos investimentos em P&D, bem como ao adensamento da cadeia produtiva gerada pelo Processo Produtivo Básico têm proporcionado ao Brasil resultados positivos. Tem-se constatado que as empresas que decidiram investir em P&D tornaram-se altamente inovadoras, conquistando, inclusive, mercados internacionais.

Elaboração do PPB

Para examinar, emitir parecer e propor a fixação, alteração ou suspensão de etapas dos Processos Produtivos Básicos, foi criado o Grupo Técnico Interministerial (GT-PPB). A composição e o funcionamento do GT-PPB foram disciplinados pela Portaria Interministerial MDIC/MCT nº 170, de 4 de agosto de 2010. O Grupo é composto por representantes do MDIC, do MCTI e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O prazo para o estabelecimento ou alteração de um PPB é de 120 dias, contados da solicitação fundada da empresa interessada, devendo ser publicados em Portaria Interministerial os processos aprovados.

Geralmente, a iniciativa de fixação ou alteração de PPB para um produto específico é da empresa fabricante interessada na produção incentivada. A partir do recebimento da proposta, o Governo, por meio do GT/PPB, irá avaliar o pleito, trabalhando de forma que seja atingido o máximo de valor agregado nacional, por meio do adensamento da cadeia produtiva, observando a realidade da indústria brasileira.

Se não atingir o grau mínimo de valor agregado, que contribua, efetivamente, para o desenvolvimento industrial do Brasil, especialmente no contexto do programa de Governo Brasil Maior, o GT/PPB poderá indeferir o pedido.

Dessa forma a elaboração do PPB é um processo negocial, envolvendo a empresa interessada, possíveis fornecedores nacionais, outras empresas concorrentes pertencentes ao mesmo segmento e associações representativas dos setores envolvidos.

Na fixação de PPB, o governo procura se balizar pelas seguintes diretrizes ou indicadores:

montante de investimentos a serem realizados pela empresa para a fabricação do produto;
desenvolvimento tecnológico e engenharia local empregada;
nível de empregos a ser gerado;
se haverá a possibilidade de exportações do produto a ser incentivado;
nível de investimentos empregados em P&D;
se haverá ou não deslocamento de produção dentro do território nacional por conta dos incentivos fiscais; e
se afetará ou não investimentos de outras empresas do mesmo segmento industrial por conta de aumento de competitividade gerado pelos incentivos fiscais.
Incentivos Fiscais

A utilização dos incentivos fiscais vinculados ao PPB é responsável pela permanência ou instalação, no Brasil, de muitos empreendimentos industriais, tanto no Polo Industrial de Manaus, como em outras localidades do País, por meio da Lei de Informática.

Ao contrário da Legislação da Zona Franca de Manaus, cujos incentivos destinam-se às empresas fabricantes localizadas naquela região, independentemente do tipo de produto industrializado, os incentivos da Lei de Informática são destinados às empresas fabricantes de bens definidos pelo Decreto n.º 5.906/06.

Esses incentivos estão relacionados à redução do IPI para os bens de informática e automação produzidos em todo o País. Também há a manutenção de crédito do IPI na aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem empregados na industrialização dos bens de informática. Em alguns estados, há também a redução do ICMS na comercialização de produtos incentivados pelas empresas habilitadas.

Já, na Zona Franca de Manaus, os produtos fabricados de acordo com o Processo Produtivo Básico recebem os seguintes incentivos:

redução de 88% do Imposto de Importação (II) dos insumos importados;
isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do bem final;
redução de 75% do Imposto sobre a Renda e adicionais não restituíveis, calculados com base no lucro;
isenção da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS nas operações internas na Zona Franca de Manaus;
restituição - variando de 55% a 100%, dependendo do projeto – do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1103